sábado, 25 de dezembro de 2010

Janelas da infância


Natal. Reunião de família na casa dos avós. Sorrisos, reencontros, comida [sempre muuuita comida]. E, o que sempre esteve ali, na memória, retorna. Retorna com outros sorrisos da infância, com muitas histórias, com as reminiscências que sempre permanecem, mesmo que ocultas. 


Resolvi, então, fotografar as janelas, aquelas que me levavam a outro tempo. Tempo em que existiam menos preocupações, menos compromissos com hora marcada, menos tempo correndo sem rédeas. Tempos em que haviam mais doces, mais proteção. Tempos em que eu estava mais próxima dos que, nesse dia, mais uma vez se reuniram para compartilhar.

Estamos sempre em momentos cruciais, que nos fazem ter medo de seguir, ter medo de começar, ter medo de nos machucarmos novamente, de não conseguir.


Hoje decidi pensar sobre tudo isso olhando pra trás, olhando pro caminho que percorri, tentando imaginar tudo o que vem pela frente. Procurando encaixar as emoções com as expectativas, sigo pensando como fazer tudo isso da melhor forma. Da forma menos dolorida e mais prazerosa. 

Lembranças de infância, expectativas da vida adulta. Sentimentos de um momento crucial, (in)certezas de uma vida inteira. Creio que deva ser sempre assim. Oxalá!




"...Tento voltar ao passado. Vou  sem mapa, vou sem luz. Só a lembrança prá me conduzir. Prá me confundir..." 

(Márcio Faraco & Milton Nascimento, "Cidade Miniatura").